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Ártemis, a mulher selvagem

  • Foto do escritor: Cláudia Casavecchia
    Cláudia Casavecchia
  • 19 de fev.
  • 2 min de leitura

Jean Shinoda Bolen, em sua abordagem Junguiana dos arquétipos femininos, descreve Ártemis como um símbolo da independência, da liberdade e da conexão com a natureza. Como deusa da caça e protetora das mulheres e dos animais selvagens, Ártemis representa um espírito indomável e intuitivo, guiado por um forte senso de propósito. Sua energia se manifesta em mulheres que valorizam a autonomia, buscam desafios e se sentem em sintonia com a vida ao ar livre, a espiritualidade e as causas sociais.


Para Bolen, o arquétipo de Ártemis se reflete em mulheres determinadas, que preferem a solidão produtiva ao convívio forçado e que não se conformam com papéis tradicionais de gênero. Elas são movidas por paixões intensas, seja no ativismo, na carreira ou na busca por justiça. Ártemis, na mitologia, protege as jovens e as vulneráveis, e essa característica se traduz em mulheres que defendem outras mulheres, lutam contra injustiças e se tornam referências de força e coragem.


Entretanto, a força de Ártemis também pode trazer desafios. A tendência ao isolamento, a resistência em aceitar ajuda e a dificuldade em lidar com emoções mais sensíveis podem afastar essas mulheres de conexões profundas e afetivas. Bolen sugere que, para equilibrar esse arquétipo, é importante cultivar a vulnerabilidade, aprender a confiar nos outros e permitir-se momentos de suavidade sem perder a independência. O desafio está em integrar a força selvagem de Ártemis com a capacidade de se conectar emocionalmente.


Assim, a Deusa Ártemis, na visão de Bolen, representa um caminho de autodescoberta e autenticidade. Mulheres que ressoam com esse arquétipo são chamadas a honrar sua liberdade e sua força, mas também a encontrar equilíbrio entre a independência e a conexão com os outros. Ao fazer isso, elas podem viver de forma plena, unindo seu espírito aventureiro com a capacidade de amar e proteger aqueles que fazem parte de sua jornada.


Cláudia Casavecchia


SHINODA BOLEN, Jean. As deusas e a mulher - Novos Arquétipos Femininos. São Paulo: Paullus, 2014.

 
 
 

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